Digitalização de processos já torna um hospital digital?

Apesar de serem termos bastante semelhantes, há diversos graus de maturidade que separa uma instituição de Saúde que já se beneficia com processos digitais de uma 100% digital 

Embora a digitalização da saúde seja um conceito revolucionário, o número de hospitais brasileiros que são totalmente digitais é mínimo. Conforme a Federação Brasileira de Hospitais (FBH), das 6.642 instituições que existem atualmente no País, somente oito são certificadas pela HIMSS (Healthcare Information and Management Systems Society) - ou seja, cerca de 0,1% do total. 

Algumas organizações já iniciaram o caminho e pode-se calcular que aproximadamente 10% das organizações privadas já têm algum grau de maturidade digital: 

  • Entre 150 e 200 fazem o cadastramento de dados de pacientes com ajuda da tecnologia, sem preenchimento manual de fichas; 
  • 600 já podem ser classificadas como hospitais sem papel – ou paperless – enquanto inúmeros processos realizados pelo corpo de enfermagem e médicos também são digitalizados, ainda que não tenham completado todo o ciclo de digitalização exigido pela HIMSS 

Mas ainda que parte dos processos de digitalização concedam a uma organização benefícios, não são suficientes para torná-la um Hospital Digital

Vantagens de um hospital digital

Os ganhos da digitalização aplicada à área de Saúde vão muito além da economia de papel. Veja alguns dos benefícios de um sistema totalmente digitalizado 

  • Eficiência e agilidade: No ambiente digital, a procura por um determinado registro é mais rápida, assim como o preenchimento de cadastros e outros documentos. Isso resulta em maior produtividade e foco no core business de qualquer organização de Saúde: o paciente. 
  • Segurança: Os sistemas integrados facilitam a checagem da condição do paciente sem depender somente do médico responsável. Além disso, com o uso de alerta, os profissionais de saúde podem intervir no tratamento do paciente sempre que preciso, confirmar se o medicamento já foi aplicado e em que condições foi administrado. 
  • Encadeamento total de procedimentos: Com um circuito fechado de processos, todas as operações médicas são registradas e protocoladas, facilitando a checagem do atendimento dado ao paciente como um todo.  
  • Retorno financeiro: reduzir o gasto com papel e impressões não é suficiente para ser certificado pela HIMSS. Um hospital digital, conforme a certificação, também precisa conseguir reduzir a estadia do paciente. O resultado não é somente mais eficiência, mas também, menos gastos para a organização — e maior possibilidade de investimento em inovações.

Os sete estágios da certificação digital

A certificação HIMSS é orientada pelas etapas descritas no EMRAM (Electronic Medical Record Adoption Model), que define os requisitos mínimos que uma instituição deve atender para ser considerada digital. Saiba quais são: 

  • Estágio 0: Para designar os hospitais que não têm os sistemas LIS (sistema para laboratórios), RIS (radiologia), PHIS (farmácia) instalados ou integrados, sem a possibilidade de manter as informações online. 
  • Estágio 1: Aqui, o hospital já possui sistemas LIS, RIS e PHIS instalados e integrados. Os resultados dos exames também estão acessíveis pela internet. 
  • Estágio 2: Os dados clínicos estão armazenados em um sistema único e centralizado. Também é possível haver um Vocabulário Médico Controlado (CMV), usado para verificação básica da interação, bem como a capacidades de troca de informações clínicas e de saúde. 
  • Estágio 3: O PEP (Prontuário Eletrônico do Paciente) é utilizado pela enfermagem, a fim de fazer anotações a serem registradas no sistema. Também conta com o sistema de apoio à decisão clínica (CDSS - Clinical Decision Support System) que, por sua vez, verifica a existência de erros durante as prescrições e solicitações de exames. 
  • Estágio 4: Uma ou mais áreas de atendimento hospitalar possuem um sistema de prescrição e solicitação de procedimentos médicos (CPOE). 
  • Estágio 5: O PACS (Picture Archiving and Communication Systems) já está em funcionamento. Por meio dele, é possível substituir filmes radiográficos pelas imagens digitais, sem perder qualidade. 
  • Estágio 6: Os registros médicos de todos os pacientes estão agora acessíveis em todos os níveis do hospital, bem como através de um sistema de informação computadorizado que conecta os sistemas de dispensação e monitoramento. 
  • Estágio 7: Além de ter passado pelas etapas anteriores, há a integração máxima de todos os dados gerados, disponíveis nos setores de ambulatório, emergência, internação, UTI e centro cirúrgico.

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