5 perguntas para Luiz Miguel Rodrigues Lopes sobre os riscos ocultos do hospital sem papel

O Diretor de Sistemas e Serviços da Green Soluções conta porque não é preciso temer a inovação digital na área da Saúde e mostra que existe saída até para casos mais críticos

Apesar de a tecnologia estar 24 horas fazendo parte das nossas vidas, confiar que documentos importantes estejam seguros em ambiente digital é uma outra história. A questão ainda é mais sensível quando se trata de documentos de Saúde. Afinal, como saber os resultados de exames, as medicações dadas e tantas outras informações se o sistema entra em pane? E se uma catástrofe acontece? 

Conversamos com Luiz Miguel Rodrigues Lopes, Diretor de Sistemas e Serviços da Green, que reconhece que ainda estamos caminhando em direção à maturidade da cultura paperless. Ele também mostra porque o medo de tirar o papel dos processos é inconsistente.

1. Hospital sem papel já é uma realidade. Mas com tantos benefícios que este modelo traz, o que ainda pode estar impedindo tantas instituições de Saúde de investir na digitalização completa dos processos?

A digitalização não é só tecnologia, cuja oferta é farta. A grande questão para o sucesso deste modelo está na adoção de novas formas de implementar processos e fluxos de trabalho, combinando as soluções de automatização e nuvem. O caminho até uma organização digitalmente madura deve ser trilhado de maneira consistente, e não ocorrerá do dia para a noite. Por isso, é preciso contar com suporte profissional orientado para acompanhar e direcionar esta transformação.

2. Tem algum fundamento ter medo de depender da tecnologia? 

No nosso dia a dia, sempre dependemos de algo. Dependemos de um meio de transporte para nos locomover, de um aparelho celular para nos comunicar à distância, e por aí vai. No modelo atual, com documentos físicos, somos completamente dependentes do papel. O que acontece quando há extravio? Quando não se sabe com quem está determinado documento? Se o documento original foi modificado ou fraudado?  

A tecnologia é um facilitador, pois transformando um documento físico em digital ele poderá ser compartilhado com todos os envolvidos, será armazenado em um meio seguro e tolerante a falhas. Os processos se tornam mais rápidos, eficientes, seguros e, principalmente, rastreáveis. O importante, com a adoção da tecnologia, é garantir meios seguros de recuperação nos casos de panes, desastres, etc. Estamos muito bem servidos neste aspecto.

3. Quais os potenciais problemas que um hospital sem papel pode enfrentar? E como eles podem ser resolvidos?

Como todos os documentos são digitais e não existe papel em nenhuma parte do processo, o problema é como continuar a assistência no caso de um grande desastre na infraestrutura de tecnologia (sem rede de comunicação, com todos os servidores indisponíveis  etc.). O método de contingência está claro e definido, continuar o atendimento em formulários em papel até o restabelecimento da operação. Mas ainda temos uma questão importante:

  • Onde estávamos no atendimento quando ocorreu a falha?
  • Houve evolução médica?
  • Prescrição?
  • Os resultados dos exames?
  • Os medicamentos foram administrados?  

Existem soluções, e a Green provê uma, em que robôs vão copiando os documentos para estações de trabalho previamente selecionadas e ligadas a no-breaks. Na ocorrência do incidente, estes equipamentos conseguem disponibilizar para os profissionais responsáveis pelo cuidado os atendimentos com a respectiva documentação até o momento imediatamente anterior à falha.

4. Uma vez que o papel é retirado de cena dentro dos hospitais, quais são os próximos passos da digitalização?

O desafio estará na integração das operações dos diversos atores, ou seja, passar a receber o documento diretamente do emissor. Por exemplo: em vez de o beneficiário, recebendo a prescrição, ir até a operadora de plano de saúde para receber uma autorização e entregá-la ao prestador para a realização de determinado procedimento, o prestador receberia diretamente a autorização por meio de processos integrados. Seria muito mais eficiente e seguro. 

5. Pela sua experiência e observação no mercado, você acredita que incorporar a cultura paperless no ambiente corporativo tem sido um desafio? Como fazer isso de forma eficiente, para que os colaboradores possam contribuir da melhor maneira possível?

A tecnologia modifica a vida das pessoas de todas as maneiras possíveis. Na área da Saúde, não foi diferente. A cultura paperless faz parte desse movimento.  

A busca por modelos de negócios otimizados e que potencializem a produtividade com um menor custo é vital para a perenidade das instituições. Com isso, o conceito “sem papel” tem ficado cada vez mais presente no ambiente das organizações. 

A conservação do meio ambiente pode ser considerada o grande objetivo dessa estratégia. Mas é visível, na prática, que trocar papel por tecnologia afeta as empresas positivamente. Posso citar alguns exemplos:

  • Redução do gasto de tempo nas tarefas;
  • Ganhos em produtividade;
  • Facilidade de localização de informações em meio digital;
  • Compartilhamento da informação;
  • Segurança no processo de cuidado;
  • Desfechos positivos.

A cultura paperless, ao ser compreendida e aplicada, impacta diretamente a vida das pessoas, para além do ambiente corporativo, trazendo sustentabilidade, qualidade de vida nos ambientes pessoal e empresarial e melhores resultados para a instituição.

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