Presente e futuro da gestão hospitalar: como a tecnologia fará diferença daqui para frente?

As novas tecnologias, como inteligência artificial e IoT devem auxiliar os hospitais a melhorarem a eficiência e qualidade na assistência ao paciente

A gestão hospitalar é um campo complexo e desafiador, que exige uma ampla gama de habilidades e conhecimentos. No entanto, a tecnologia está desempenhando um papel cada vez mais importante, tornando possível melhorar a eficiência, a segurança e a qualidade dos cuidados em saúde.

Em tempos em que se discute a aplicabilidade da inteligência artificial, entre tantos outros temas ainda incipientes, a pergunta que se faz é: como será o futuro dos hospitais?

Atualmente, há uma série de tecnologias que estão sendo usadas na gestão hospitalar, como o paperless, que envolve uma série de inovações para tornar o ambiente hospitalar 100% digital, colaborando com o meio ambiente, mas também fazendo com que a instituição possa diminuir gastos e aprimorar processos, com mais segurança e eficiência, melhorando a experiência do paciente. 

De acordo com Genilson Cavalcante, CEO da Green Paperless, o cenário dos hospitais em que não há o uso das inovações é de dificuldade na tomada de decisões.  

“O excesso de papel não é somente uma questão socioambiental, mas, essencialmente, uma questão de gestão. Com o papel a gente tem a dependência de algo que possibilita erros humanos, diminuindo a eficiência e aumentando a burocracia.” 

“A gente tem levado tecnologias para evitar que o papel seja impresso, como soluções de biometria e de recepção digital com muito sucesso ao longo dos dez anos da Green. Antes a informação era capturada em diversos setores diferentes, sem qualidade no processo”, explica Genilson.

Não tem como pensar em hospital sem tais tecnologias; é fundamental para tomada de decisão em tempo real. A partir de inovações pautadas pela vontade de gerir melhor e reduzir os gargalos diversos, a informação estará mais organizada, certificada e acessível. Assim, o tempo dos processos é diminuído e tudo se torna mais ágil, melhorando também o faturamento.

Com a chegada da digitalização, os diversos setores se tornaram mais integrados, conseguiram gerar dados mais estratégicos e as decisões ficaram mais claras. 

 “Os processos vão se estruturando e então tudo que é produzido de informação ou documento já vai sendo digital, permitindo que os setores interajam e haja diversos tipos de otimizações’, complementa Eduardo Silva, gerente de TI do Hospital Evangélico de Sorocaba.

O que esperar do futuro?

Diversas empresas de tecnologia têm percebido com bons olhos o impacto do chat GPT. Pelo menos é o caso da Green Paperless, que vê na inteligência artificial uma aliada.

“Estamos estudando neste momento como integrar nossas soluções às IAs, mas sempre com o objetivo de melhorá-las dentro do contexto da gestão hospitalar”, explica Cavalcante. 

A perspectiva futura é que, com o uso da IA, haja uma grande diminuição da burocracia para os colaboradores e também para os pacientes e seus familiares, com tarefas mais acessíveis e amigáveis. Tudo em torno dos próximos anos deve vir para melhorar a comunicação e a experiência do paciente. O impacto também vai ser visto na área operacional, que deve atingir positivamente ciclos de receitas, compras, e, claro, a assistência médico-hospitalar. 

Aprofundando este tema, podemos também citar a IoT, que vai permitir capturar dados do estado clínico do paciente antes mesmo dele chegar no hospital, já se integrando aos sistemas hospitalares. Enfim, tudo que for criado de inovação deve servir para gerar mais valor na assistência ao paciente, por exemplo, identificando padrões, comparando resultados de exames e até ajudar a sugerir diagnósticos possíveis.

Além disso, os robôs devem facilitar o preenchimento dos processos burocráticos, automatizando preenchimentos de documentos e formulários, para complementar a qualidade dos processos paperless já instalados nos hospitais digitais. Por fim, vale lembrar:

“Não adianta comprar tecnologias apenas por comprar. É preciso saber como utilizar para tirar melhor proveito e ter a visão de negócio, sempre pensando na melhoria da assistência ao paciente”, comenta o médico Pedro Melo, presidente da Unimed Caruaru.

Separamos quatro tecnologias que já existem e devem ser ainda mais utilizadas nos hospitais ao longo dos próximos anos. 

  • Inteligência artificial (IA): A IA pode ser usada para automatizar tarefas. 
  • Big data: O big data é um termo usado para descrever o grande volume de dados gerados por dispositivos médicos, registros médicos eletrônicos e outras fontes. Esses dados podem ser usados para identificar tendências, padrões e riscos, o que pode ajudar os profissionais de saúde a fornecer cuidados de saúde mais personalizados e eficazes.
  • Realidade aumentada (AR): A realidade aumentada é uma tecnologia que permite aos usuários visualizar informações digitais sobre o mundo real. A AR pode ser usada para melhorar a educação e treinamento dos profissionais de saúde, bem como para fornecer aos pacientes informações sobre sua saúde.  
  • Robótica: A robótica pode ser usada para automatizar tarefas, melhorar a segurança e fornecer cuidados de saúde personalizados.

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