Faturamento hospitalar: o ciclo de receita também deve ser digital

Incluir o ciclo de receita no processo de transformação digital é um passo importante para qualquer instituição de Saúde que procura tornar seu trabalho mais eficiente e inovador

O gerenciamento do ciclo de receita é uma parte crítica do sucesso financeiro de qualquer hospital, mas quando se trata de faturamento, muitos ainda funcionam sob a lógica do papel, que é ineficiente, lento e propenso a erros. A prática dificulta o acompanhamento das exigências e prazos das fontes de pagamento - lembrando que uma conta começa quando um paciente entra no hospital; cada procedimento, evolução, prescrição de medicamentos, etc, entra para esta conta. 

O faturamento digital é, portanto, uma oportunidade para agilizar as operações e criar valor para os pacientes. Ela permite que todas as informações da assistência sejam automaticamente processadas e enviadas para fontes pagadoras, com agilidade e segurança. “O ciclo digital da receita é a integração das etapas de um atendimento médico com os processos administrativos de uma instituição de Saúde para a geração de uma conta médica, sem a geração de um único documento físico. Tudo acontece de forma digital”, explica Luiz Miguel Lopes, diretor de Sistemas e Serviços da Green Soluções. 

Excesso de burocracia, documentação incompleta, como falta de assinatura e/ou dados, e demora na entrega do prontuário do setor de faturamento são algumas das possíveis causas de atrasos de pagamento e glosas.

Com o processo digital tudo se modifica, pois o acesso aos documentos se dá no instante da sua geração. Dessa forma, as inconsistências podem ser corrigidas de forma imediata. A melhoria do processo de faturamento servirá para diminuir as perdas financeiras e otimizar prazos e melhorar processos”, conta o especialista.  

Mudanças à vista 

Mas quais medidas que devem ser tomadas para digitalizar o ciclo de receita de um hospital? Para começar, segundo Luiz Miguel Lopes, é fundamental que todos os processos - assistenciais e administrativos - sejam revistos a partir do momento que se decide deixar o faturamento hospitalar analógico para trás. Tendo em vista que todos os documentos nascerão digitais, não haverá mais papel para consultar ou arquivar. “Outra questão importante é a mudança de cultura que a adoção da transformação digital trará”, lembra. 

É importante ressaltar que a adoção de processos digitais vai depender, e muito, da maturidade de cada instituição. A transição do físico para o digital demanda experiência e domínio da integração das tecnologias utilizadas, pois são muitos os obstáculos do processo. 

A questão da segurança também deve ser considerada no processo de modernização do ciclo de receita hospitalar. “A forma como os dados sensíveis serão tratados e como se atendem aos requisitos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), são questões que devem ser garantidas. Tudo isso aliado a processos seguros de acesso às informações apenas por pessoas autorizadas”, diz Luiz Miguel Lopes.  

Adaptação necessária 

O faturamento digital não apenas faz parte do futuro da área da Saúde – já é uma realidade do presente. Como cada vez mais pacientes usam ferramentas digitais, os hospitais vêm sendo impulsionados a seguir o exemplo e adotar sistemas digitais, como o de faturamento. Com todas as informações de atendimento processadas automaticamente e enviadas para fontes pagadoras, tudo com grande agilidade e segurança, a cobrança digital torna as organizações de Saúde mais eficientes e inovadores.  

“Para um hospital, a assistência ao paciente é a sua principal tarefa. Porém, o faturamento hospitalar é uma das funções mais importantes na gestão financeira. E um faturamento correto é imprescindível para manter o hospital em funcionamento”, conclui Luiz Miguel

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