Neste artigo, vamos te mostrar as vantagens de ser um hospital 100% digital para pacientes e instituições, além de contar a história de vários hospitais no Brasil e no mundo que já adotaram a cultura paperless.

No cenário atual da saúde, a transformação digital tornou-se mais do que uma tendência; é uma necessidade imperativa para hospitais e clínicas que buscam oferecer serviços com qualidade e eficiência.

Ao adotar uma cultura paperless, que, por conceito, prioriza a utilização de soluções digitais, ao invés do papel, as instituições de saúde não apenas modernizam seus processos, mas também demonstram uma preocupação não somente com a gestão financeira, mas também com os próprios pacientes. 

 

O que é cultura paperless?

A cultura paperless, ou cultura sem papel, refere-se a um modo de operar de uma organização, a exemplo de hospital, que busca minimizar ou eliminar o uso de papel em seus processos e operações diárias, optando por soluções digitais para armazenar, gerenciar e compartilhar informações.

O objetivo é melhorar o atendimento, os processos, incentivar a sustentabilidade ambiental e trazer mais segurança para todos os dados.

 

Como tornar um hospital digital?

Tornar um hospital digital envolve a implementação de tecnologias e práticas que promovam a digitalização de processos e a adoção de sistemas eletrônicos para armazenar e gerenciar informações de pacientes, registros médicos, agendamentos, faturamento e outras operações hospitalares. Aqui estão algumas etapas para tornar seu hospital digital.

De maneira geral podem ser utilizados softwares na Recepção Digital, Assinatura Biométrica, Prontuário Digital, MR Recovery, entre outras diversas possibilidades.

Mas, antes de se tornar digital, é preciso seguir alguns passos.

1.Avaliação das necessidades e objetivos: antes de iniciar qualquer iniciativa de digitalização, é importante avaliar as necessidades específicas do hospital e estabelecer objetivos claros. Isso pode incluir a melhoria da eficiência operacional, aprimoramento da experiência do paciente, redução de erros médicos, entre outros. Traçados os objetivos, é possível estudar as melhores soluções para aquela instituição.

2.Investimento em infraestrutura tecnológica: para se tornar digital, um hospital precisa de uma infraestrutura tecnológica robusta que suporte a digitalização de processos. Isso pode incluir a atualização de sistemas de TI, a implementação de software de gestão hospitalar integrado, a instalação de redes seguras e a disponibilização de dispositivos eletrônicos, como tablets e computadores, para funcionários e pacientes.

3. Digitalização de registros médicos: uma das principais áreas de foco para a digitalização é o armazenamento e gerenciamento de registros médicos. Isso envolve a migração de registros em papel para sistemas eletrônicos de registro médico, como os prontuários eletrônicos de pacientes (PEP). Os registros digitais permitem um acesso mais rápido e fácil às informações do paciente, além de facilitar a comunicação entre profissionais de saúde.

4. Implementação de sistemas integrados: os hospitais podem se beneficiar da implementação de sistemas de gestão hospitalar integrados, que abrangem várias áreas, como agendamento de consultas, gestão de estoque, faturamento e folha de pagamento. Isso ajuda a reduzir redundâncias, melhorar a eficiência e garantir uma visão unificada das operações hospitalares.

5.Treinamento e capacitação: é essencial fornecer treinamento adequado aos funcionários para garantir uma transição suave para os novos sistemas e processos digitais. Isso pode incluir treinamento sobre o uso de software específico, práticas de segurança cibernética e procedimentos operacionais atualizados.

6.Garantia de segurança da informação: com a digitalização, é crucial garantir a segurança e a privacidade das informações dos pacientes. Isso envolve a implementação de medidas de segurança cibernética, como firewalls, criptografia de dados e controle de acesso, bem como a conformidade com regulamentações de privacidade, como o GDPR (Regulamento Geral de Proteção de Dados) ou a HIPAA (Lei de Portabilidade e Responsabilidade do Seguro Saúde).

Ao seguir essas etapas e adotar uma abordagem estratégica e integrada, os hospitais podem fazer a transição para um ambiente digital mais eficiente, seguro e centrado no paciente.

Benefícios para os pacientes:

Já sabemos que, para a segurança e sustentabilidade do hospital, o saldo de ser um hospital digital é positivo. Mas como os pacientes podem ganhar?

Ao migrar para sistemas digitais, os hospitais podem saber que os pacientes terão  a tranquilidade de que suas informações de saúde estão armazenadas de forma segura e acessível apenas por profissionais autorizados. Isso reduz significativamente o risco de perda ou extravio de documentos físicos, garantindo a confidencialidade dos dados.

Outro ponto é que, com a digitalização dos registros médicos, os pacientes têm acesso facilitado às suas informações de saúde, podendo acompanhar seu histórico de tratamento, resultados de exames e prescrições de medicamentos de forma mais transparente e conveniente. Além disso, a possibilidade de acesso remoto permite que os pacientes consultem seus registros de qualquer lugar, a qualquer momento, sem a necessidade de deslocamento até a instituição de saúde.

Além disso, a integração de sistemas digitais permite uma comunicação mais eficiente entre os profissionais de saúde, resultando em diagnósticos mais precisos e planos de tratamento mais assertivos. Com acesso rápido a informações atualizadas sobre o histórico médico do paciente, os profissionais podem tomar decisões mais informadas e personalizadas, otimizando o cuidado individualizado.

Benefícios para as Instituições de Saúde:

Já os hospitais e clínicas também recebem diversos benefícios ao se tornarem digitais.

Redução de custos e eficiência operacional: a eliminação do papel não apenas reduz os custos associados à impressão e armazenamento físico, mas também simplifica os processos administrativos, economizando tempo e recursos. Com sistemas digitais integrados, as instituições de saúde podem automatizar tarefas rotineiras, como agendamento de consultas e faturamento, aumentando a eficiência operacional.

Agilidade no atendimento e fluxo de trabalho: a digitalização dos processos permite uma resposta mais rápida às necessidades dos pacientes, desde o agendamento de consultas até a emissão de receitas médicas. Além disso, a redução da burocracia e a simplificação dos fluxos de trabalho proporcionam uma experiência mais fluida tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde, aumentando a produtividade e a satisfação geral.

Melhoria na qualidade do atendimento: ao adotar tecnologias digitais avançadas, as instituições de saúde podem oferecer um atendimento mais personalizado e centrado no paciente. A análise de dados e o uso de inteligência artificial podem ajudar os profissionais a identificar padrões e tendências de saúde, permitindo intervenções preventivas e um cuidado proativo.

De maneira geral, as operações das instituições de saúde se tornam mais assertivas e, significativamente, a experiência dos pacientes também melhoram, garantindo segurança, transparência e agilidade em todos os aspectos do cuidado de saúde. Ao abraçar essas inovações, hospitais e clínicas estão se preparando para enfrentar os desafios do futuro da saúde com confiança e excelência.

 

Conheça hospitais 100% digitais

Vários hospitais em todo o mundo já implementaram com sucesso soluções digitais e se tornaram referências no campo da saúde digital. Aqui estão alguns exemplos notáveis:

• Hospital Israelita Albert Einstein (Brasil): localizado em São Paulo, o Hospital Israelita Albert Einstein é reconhecido internacionalmente por sua excelência em saúde e inovação. O hospital adotou tecnologias avançadas, como prontuário eletrônico do paciente, sistemas integrados de gestão hospitalar e telemedicina, para melhorar a eficiência dos serviços de saúde e a experiência do paciente.
• Cleveland Clinic (Estados Unidos): a Cleveland Clinic, localizada em Ohio, é um dos principais centros médicos acadêmicos e de pesquisa nos Estados Unidos. O hospital investiu em sistemas avançados de informação de saúde, incluindo registros eletrônicos de saúde, telemedicina e análise de big data para melhorar o diagnóstico e o tratamento de pacientes.
• Hospital Universitário de Genebra (Suíça): o Hospital Universitário de Genebra é um dos maiores hospitais da Suíça e líder em inovação em saúde. O hospital implementou uma série de soluções digitais, como registros eletrônicos de pacientes, telemedicina, cirurgia robótica e análise de dados de saúde para fornecer cuidados de alta qualidade e personalizados.
• Royal Free Hospital (Reino Unido): o Royal Free Hospital, localizado em Londres, é um dos hospitais mais avançados em termos de tecnologia no Reino Unido. O hospital adotou um sistema abrangente de registros eletrônicos de saúde, permitindo que os profissionais de saúde acessem as informações dos pacientes de forma rápida e segura, melhorando a coordenação do atendimento e reduzindo erros médicos.
• Hospital Sirio-Libanês (Brasil): outro exemplo brasileiro, o Hospital Sírio-Libanês em São Paulo é conhecido por sua excelência em cuidados de saúde e inovação. O hospital implementou uma série de tecnologias digitais, como prontuário eletrônico do paciente, telemedicina e aplicativos móveis para melhorar a experiência do paciente e a eficiência operacional.